BENEDICT, Ruth Benedict O Crisântemo e a Espada: Padrões da Cultura Japonesa, 2009.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. Fatos e Mitos. Trad. de Sério Milliet ,7ª ed. Rio de janeiro Ed. Nova Fronteira, 1980. 309 p. Volume 1.

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FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 30 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.

GURDJIEFF, G.I. Encontros Com Homens Notáveis. S. Paulo:Pensamento,2000.

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HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26º ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

HUXLEY, Aldous. Admirável mundo novo. São Paulo, ed. Globo,2009.

MEAD, Margareth. Sexo e temperamento em três sociedades primitivas. São Paulo: Perspectiva, 1969.

ORWELL, George, A Revolução dos Bichos, São Paulo, ed. Globo, 2000.

ORWELL, George. 1984. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1998.

RUESCH, Hans. No País das Sombras Longas Rio de Janeiro: Record,2005.

SASSON, Jean P. Princesa - a história real da vida das mulheres árabes. Ed. Best Seller,1992.

Orientações sobre essas leituras complementares, na disciplina Sociologia Geral (Matutino), (

Quem for escolher o livro como atividade complementar, por favor, avise a professora antes para que ela possa preparar um questionário sobre a obra. Neste caso não será uma resenha, mas um trabalho orientado pela profª. Chie que será entregue no final pelo aluno.

A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO DO PROFESSOR

Luckesi se propõe a explicitar alguns dos elementos do senso comum pedagógico, a partir da prática pedagógica dos profissionais da educação, ou seja, ele entende que, partindo da prática pedagógica cotidiana em nossos contextos escolares, podemos inventariar os valores, sentidos e significados que norteiam o seu ato educativo. Ele propõe este passo como o primeiro no esforço de filosofar a prática docente.

· Os sujeitos do processo educativo (segundo o senso comum pedagógico)

O educador

Para ser professor no sistema de ensino escolar, basta tomar um certo conteúdo, preparar-se para apresentá-lo ou dirigir o seu estudo; ir para uma sala de aula, tomar conta de uma turma de alunos e efetivar o ritual da docência: apresentação de conteúdos, controle dos alunos, avaliação da aprendizagem, disciplinamento, etc.

Se não buscarmos o sentido e o significado crítico, consciente e explícito da ação docente, seguimos o sentido e o significado dominante desse entendimento que se tornou senso comum.

Existem profissionais de áreas diversificadas que estão na regência escolar e que não tiveram nenhuma formação para tal. Não que não possam ser bons profissionais de educação, mas o que é importante ressaltar é que não se busca um senso crítico do papel do educador no processo educativo; não se exige do educador uma preparação adequada para o exercício da docência, tanto do ponto de vista do compromisso político, quanto do ponto de vista da competência técnica e científica, que ela exige.

O educador segue um ritual que se tornou senso comum.

O educando

Há algumas perguntas que o educador raramente se faz:

- Como eu concebo o educando?

- O educando é um dos sujeitos do processo educativo?

- Quem é ele?

- Qual a sua dimensão?

- Qual o seu papel no processo ensino-aprendizagem?

Uma das características do educando que permeia a prática pedagógica é a de que ele é um ser passivo, ou melhor, não que ele seja propriamente passivo, mas, segundo o senso comum, deve sê-lo. Em contrapartida, segundo o senso comum também o educando deve ser ativo sempre. É preciso ter cuidado para criticar o senso comum no que se refere à passividade ou à atividade do educando, pois isso dependerá da situação de aprendizagem.

Uma segunda crença é a de que o educando é um ser dependente do educador: desde o que deve aprender até o que deve responder. Será que é mesmo?

Uma terceira forma do senso comum pedagógico é a de considerar o educando como um ser incapaz de criar, o que é paradoxal, pois são constantes as reclamações de que os alunos não são criativos, e as estratégias para delimitar o campo de ação do aluno baseiam-se no lema “fazer as coisas como o professor quer”.

Uma quarta característica é a de que o educando é um sujeito incapaz de julgamento sobre si mesmo e sobre sua aprendizagem. No momento da avaliação, na maior parte das vezes, o professor nem sequer dá ao educando a oportunidade de verificar o que não conseguiu aprender e nem por que não conseguiu aprender.

Uma quinta característica que, talvez, seja a raiz de todas as outras é a forma de considerar o educando como um elemento isolado de tudo o mais que o cerca. Ou seja, o educando é tomado de uma forma idealista, e não como ele é.

Pode-se inventariar muitas outras características do senso comum sobre o educando.

Há uma contradição entre essas condutas educacionais e aquilo que os educadores dizem. Eles desejam educandos ativos, criativos, autônomos, capazes de decisão, etc, mas suas ações educativas mostram o contrário - é uma dupla linguagem.

Para chegar a uma nova compreensão do educando é preciso tomar consciência desses elementos do senso comum e superá-los.

É importante salientar duas observações de Luckesi: uma é em relação ao “Material didático” (como é visto pelo senso comum) - o livro didático tem sido assumido como uma “bíblia”, ou seja, como um livro sagrado (como um fetiche): tudo o que está escrito nele se assume como verdade. E ele pergunta: Deve ser essa a atitude a ser assumida diante do livro didático? Será que ele não contém inverdades, reduções e desvios de conhecimento? Será que os livros didáticos merecem todo esse respeito e submissão? Ou será que devem ser usados sempre de uma forma crítica, como um ponto de partida a ser abordado, discutido, questionado, duvidado?

A outra observação é quanto aos “Métodos e procedimentos de ensino” (também do ponto de vista do senso comum). ele diz que se tomarmos um conjunto de planejamentos de ensino de diversos professores veremos que no item denominado “métodos de ensino” ou “atividade de ensino” invariavelmente está escrito: aula expositiva, dinâmica de grupo, trabalho dirigido, questionamento oral, etc. Generalidades!

Essas indicações não decorrem da reflexão teórica, objetiva, consciente, mas sim da presença do senso comum também no referente às questões metodológicas do ensino.

Os planejamentos são realizados de forma obrigatória e executados como se fosse um preenchimento de formulário. O mais grave é que como os conteúdos já estão explícitos e ordenados nos livros didáticos, é por aí que os professores começam a planejar, quando, de fato, o planejamento exige o contrário: em primeiro lugar, o estabelecimento de objetivos e, depois, encontrar os conteúdos que os operacionalizem. O planejamento seria o momento decisivo sobre o que fazer, um momento de definição política e científica da ação pedagógica, no caso da educação, e só pode ser feito com senso crítico.

Luckesi não tece nenhum comentário sobre a imposição dos currículos mínimos. No terceiro grau o que ocorre é que para que um curso de graduação receba a permissão para funcionar do órgão competente (hoje é o CNE - Conselho Nacional de Educação), seus responsáveis devem preparar o projeto completo do curso, o que implica em vários itens, entre eles o rol de disciplinas com os respectivos conteúdos, que devem corresponder, no mínimo, ao currículo mínimo imposto.

Nosso esforço, ao preparar professores universitários, tem caminhado nessa direção proposta por Luckesi, mas uma das maiores dificuldades é conscientizar nossos alunos - professores e futuros professores - da importância primeira da formulação dos objetivos.

Tendo em vista que ultimamente muito se tem escrito e falado sobre os desvios e inverdades expressos nos conteúdos escolares, Luckesi aponta para o risco de se tomar uma posição oposta e ingênua: a de que não vale a pena ensinar conteúdo algum e deixar que os alunos reflitam sobre o seu dia-a-dia, para que “tomem consciência “ dele. Com isso, praticamente, passou-se a não ensinar nada.

Luckesi então pergunta: Que crítica é essa que destrói tudo? Onde está a dialética que supera a posição anterior por sua incorporação crítica? E afirma que essa é mais uma atitude de senso comum pedagógico. O importante é recuperar o sentido adequado dos conteúdos escolares e passar a trabalhar a partir deles.

Se o “senso comum é uma configuração espontânea, fragmentária e acrítica do pensamento e do entendimento, e não é a melhor e nem a mais adequada forma de compreensão da realidade”, por que, então, continua norteando a prática pedagógica?

Luckesi afirma que os poderes constituídos, que representam os interesses do segmento dominante da sociedade e o próprio segmento dominante, não desejam, de forma alguma, alimentar elementos de contradição. O senso comum interessa (e muito) à situação conservadora da sociedade em que vivemos, pois ele não possibilita o surgimento da “massa crítica” de seres humanos pensantes e ativos na sociedade.

Aliás, há muito tempo a manutenção do senso comum contraria as várias leis de diretrizes e bases da educação nacional e mesmo as constituições.

Luckesi parte, então, para a ressignificação do educador e do educando, procurando situá-los como “Sujeitos da práxis pedagógica”.

· Os sujeitos do processo educativo (segundo a práxis pedagógica)

O educador

Ele é um ser humano e, como tal, é construtor de si mesmo e da história através da ação; é determinado pelas condições e circunstâncias que o envolvem. É criador e criatura ao mesmo tempo. Sofre as influências do meio em que vive e com elas se autoconstrói. Além disso, ele tem um papel específico na relação pedagógica, que é o de docente.

O docente/educador, na práxis pedagógica, é aquele que, tendo adquirido o nível de cultura necessário para o desempenho de sua atividade, dá direção ao ensino e à aprendizagem; assume o papel de mediador entre a cultura elaborada, acumulada e em processo de acumulação pela humanidade, e o educando; fará a mediação entre o coletivo da sociedade (os resultados da cultura) e o individual do aluno.

Para tanto, o educador deve possuir algumas qualidades, tais como: compreensão da realidade com a qual trabalha, comprometimento político, competência no campo teórico de conhecimento em que atua e competência técnico-profissional:

· Compreensão da realidade na qual atua - este educador não pode ser ingênuo quanto à realidade na qual vive e trabalha, senão sua atividade profissional reproduzirá a sociedade via o senso comum hegemônico.

· Comprometimento político - explícito ao menos para si mesmo, se não quiser torná-lo público. O educador que não possui posicionamento político assume o posicionamento dominante dentro da sociedade. O educador aqui só tem duas opções: ou quer a permanência desta sociedade, com todas as suas desigualdades, ou trabalha para que a sociedade se modifique.

· Competência no campo teórico de conhecimento em que atua - não são suficientes os conhecimentos adquiridos nos livros didáticos, é preciso se aprofundar e pesquisar muito.

· Competência técnico-profissional - ensinar é uma forma técnica de possibilitar aos alunos a apropriação da cultura elaborada da melhor e mais eficaz forma possível. Para tanto, será necessário deter recursos técnicos e habilidades de comunicação e habilidades na utilização e aplicação de procedimentos de ensino.

Luckesi aponta ainda que esses elementos todos se completam com uma habilidade que denominamos “arte de ensinar”. É preciso desejar ensinar,é preciso querer ensinar. É preciso ter paixão nessa atividade, paixão que se manifeste, ao mesmo tempo, de forma afetiva e política. O processo educativo exige envolvimento afetivo. Daí vem a “arte de ensinar”, que nada mais é que um desejo permanente de trabalhar, das mais variadas e adequadas formas, para a elevação cultural dos educandos. Ele cita Gramsci a esse respeito, quando lembra que os intelectuais, na maior parte das vezes, esquecem-se do sentimento em suas atividades.

E eu acrescentaria, de acordo com Gurdjieff, que eles se esquecem também dos instintos e do corpo, em suas atividades.

Em síntese, para exercer o papel de educador, segundo Luckesi, é preciso compromisso político e competência técnica.

O educando

É um membro da sociedade tendo caracteres de atividade, socialidade, historicidade, praticidade. Ele também é caracterizado pelas múltiplas determinações da realidade, ou seja, é um sujeito ativo que, pela ação, ao mesmo tempo se constrói e se aliena.

Na práxis pedagógica é o sujeito que busca adquirir um novo patamar de conhecimentos, de habilidades e modos de agir. É para isso que busca a escola.

É então “sujeito”, capaz de construir-se a si mesmo, através da atividade, desenvolvendo seus sentidos, entendimentos, inteligência, etc. São as experiências e os desafios externos que possibilitam ao ser humano, através da ação, o crescimento, o amadurecimento.

O educando é um sujeito que necessita da mediação do educador para reformular sua cultura, para tomar em suas próprias mãos a cultura espontânea que possui, para reorganizá-la com a apropriação da cultura elaborada.

O educando, então, nem possui todo o saber, nem é pura ignorância. Ele detém uma cultura que adquiriu espontaneamente no seu dia-a-dia. A não-apropriação da cultura elaborada faz com que os sujeitos humanos permaneçam profundamente carentes de entendimento e consciência.

Luckesi dá um exemplo do que ocorre quando da não-apropriação da cultura elaborada: Entender de construção e uso de arco e flecha é muito interessante, porém insuficiente na luta contra quem possui arma de fogo. Foi exatamente isso que possibilitou que portugueses e espanhóis dizimassem os indígenas das Américas do Sul e Central.

A relação educador-educando

Partindo do educador e do educando como seres humanos e como sujeitos da práxis pedagógica, temos que o papel do educador está em criar condições para que o educando aprenda a se desenvolver, de forma ativa, inteligível e sistemática.

O educador deverá criar oportunidades de aprendizagem ativas, de tal modo que o educando desenvolva suas capacidades cognoscitivas assim como suas convicções afetivas, morais, sociais e políticas.

O educador, como sujeito direcionador da práxis pedagógica escolar, deverá também acompanhar os resultados das ciências pedagógicas, da didática e das metodologias específicas de cada disciplina. Quanto ao planejamento, à execução e à avaliação do ensino, deverão ocorrer dentro de um espírito crítico.

Finalmente, se o objetivo é produzir uma ação docente - discente de forma crítica, há que se ter em mente que os sujeitos da práxis pedagógica não estão dados definitivamente, mas devem ser constantemente repensados e recompreendidos.

(Extraído do livro Filosofia da Educação, de Cipriano Carlos Luckesi, São Paulo, Cortez, 1990. Elaborado pela Profa. Dra. Liriam Luri Y. Yanaze)

“Que sentido pode ser dado à educação, como um todo, dentro da sociedade?”

Da resposta a essa pergunta segue-se uma compreensão da educação e do seu direcionamento.

Para alguns a educação é responsável pela direção da sociedade; para outros, a educação reproduz a sociedade como ela é, e para o terceiro grupo, a educação é uma instância mediadora de uma forma de entender e viver a sociedade. Para eles a educação nem salva nem reproduz a sociedade, mas pode e deve servir de meio para a efetivação de uma concepção de sociedade. Esses três grupos podem ser expressos pelos seguintes conceitos: educação como redenção; educação como reprodução e educação como um meio de transformação da sociedade. Essas são as três tendências filosófico-políticas para compreender a Educação que se constituíram ao longo da prática educacional. Filosóficas, porque compreendem o seu sentido; e políticas, porque constituem um direcionamento para sua ação.

1. Educação como Redenção da Sociedade

Modo ingênuo de ver a sociedade, que vê a educação como uma instância quase que exterior à sociedade, e deve adaptar o indivíduo à sociedade. É chamada por Saviani de “teoria não crítica da educação”, pois não leva em conta a contextualização crítica da educação dentro da sociedade da qual ela faz parte. Vê o magistério como sacerdócio. A organização da sociedade é tida como “natural” e a-histórica. O principal representante dessa tendência é João A. Comênio (1592-1670), educador do século XVII, nascido na antiga Morávia (hoje República Tcheca). Sua obra mais conhecida é a Didática Magna (há uma tradução excelente da Fundação Calouste Gulbekian).

Para Comênio, “pela educação das crianças e dos jovens a sociedade será redimida”. Ele não crê nas possibilidades de reequilibrar a sociedade a partir dos adultos e acredita mesmo que sua “arte de ensinar” não servirá para eles. Sobre isto nos diz: “Com efeito, para transplantar árvores velhas e nelas infundir fecundidade, não basta a força da arte. Portanto, as mentes simples e não ainda ocupadas e estragadas por vãos preconceitos e costumes mundanos são as mais aptas para amar a Deus” (p. 65).

Essa concepção perdurou por épocas, na verdade, até hoje. Os enciclopedistas da Revolução Francesa (pedagogia tradicional - acreditavam na redenção da sociedade pela educação das mentes) e os pedagogos do final do século passado (pedagogia nova - acreditavam na redenção da sociedade através da formação da convivência entre as pessoas, a partir do atendimento às diferenças individuais de cada uma) continuaram com essa mesma compreensão. Muitos, ainda hoje, consideram seus atos pedagógicos como atos isentos de comprometimentos com a política e totalmente voltados para a redenção da sociedade.

2. Educação como Reprodução da Sociedade

A educação faz, integralmente, parte da sociedade e a reproduz. A educação é uma instância dentro da sociedade e exclusivamente a seu serviço. Não a redime de suas mazelas, mas a reproduz no seu modelo vigente, perpetuando-a, se for possível. Esta tendência é “crítica” e “reprodutivista”, pois vê a educação somente como elemento destinado a reproduzir seus próprios condicionantes. Saviani a denomina esta tendência de “teoria crítico-reprodutivista” da educação.

Vários autores são representantes desta tendência, como Pierre Bourdieu e Claude Passeron, mas principalmente Louis Althusser, em seu livro Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado(Lisboa, Editorial Presença, s/d).

Esta tendência não se traduz numa pedagogia, ou seja, ela não estabelece um modo de agir para a educação, mas apenas demonstra como atua a educação dentro da sociedade e não como ela deve atuar.

Althusser faz, a partir de pressupostos marxistas, um estudo sobre o papel da escola como um dos aparelhos do Estado, como uma das instâncias da sociedade que veicula a sua ideologia dominante, para reproduzi-la. A escola é o instrumento criado para otimizar o sistema produtivo e a sociedade a que ele serve, pois ela não só qualifica para o trabalho, socialmente definido, mas também introjeta valores, que garantem a reprodução comportamental com a ideologia dominante. Tornar um aluno mais competente tecnicamente não é o suficiente. Ele deve tornar-se mais competente para manter uma sociedade determinada. Junto ao “saber” vem acoplado o “saber interpretar” a sociedade do ponto de vista dos interesses da classe dominante. O termo “formação”, muito utilizado para definir os fins da atividade escolar, expressa bem o papel de reprodutora do sistema que desempenha a escola. “Formar” quer dizer “dar forma a”, padronizar segundo um modelo.

Para Althusser o poder dominante é tão forte na sociedade, que não há possibilidade nenhuma para a escola de trabalhar pela sua transformação. Ele acrescenta à perspectiva reprodutivista um pessimismo derrotista, claro no seguinte parágrafo:

“Peço desculpas aos professores que, em condições terríveis, tentam se voltar contra a ideologia, contra o sistema e contra as práticas em que este os encerra, as armas que podem encontrar na história e no saber que ‘ensinam’. Em certa medida são heróis. Mas são raros e quantos (a maioria) não têm sequer vislumbre de dúvida quanto ao trabalho que o sistema (que os ultrapassa e esmaga) os obriga a fazer; pior, dedicam-se inteiramente e em toda consciência à realização desse trabalho (os famosos métodos novos). Têm tão poucas dúvidas, que contribuem até pelo seu devotamento a manter e a alimentar a representação ideológica da Escola que a torna hoje tão ‘natural’, indispensável-útil e até benfazeja aos nossos contemporâneos, quanto a Igreja era ‘natural’, indispensável, para os nossos antepassados de há séculos” (p.67-8).

Então, façam o que fizerem os professores - lutem, melhorem suas práticas, melhorem seus métodos e materiais - tudo será em vão, já que sempre reproduzirão a ideologia dominante e, pois, a sociedade vigente. Aqui, também, a organização da sociedade é tida como “natural” e a-histórica.

3. Educação como Transformação da Sociedade

Esta tendência tem como perspectiva compreender a educação como mediação de um projeto social. Ela nem redime nem reproduz a sociedade, mas serve de meio, ao lado de outros meios, para realizar um projeto de sociedade, que pode ser conservador ou transformador. Esta tendência procura demonstrar que é possível compreender a educação dentro da sociedade, com os seus determinantes e condicionantes, mas com a possibilidade de trabalhar pela sua democratização. Os teóricos desta tendência nem negam que a educação tem papel ativo na sociedade, nem recusam reconhecer os seus condicionantes histórico-sociais. Ao contrário, consideram a possibilidade de agir a partir dos próprios condicionantes históricos.

Dermeval Saviani é o principal representante desta tendência. Ele afirma que não será simples à educação, e aos educadores que a realizam, efetivar esse processo dentro da sociedade capitalista, pois que esta possui muitos ardis pelos quais ela se recompõe, tendo em vista não modificar-se, e nos alerta para essa dificuldade, dizendo o seguinte:

“O caminho é repleto de armadilhas, já que os mecanismos de adaptação acionados periodicamente a partir dos interesses dominantes podem ser confundidos com anseios da classe dominada. Para evitar esse risco, é necessário avançar no sentido de captar a natureza específica da educação, o que nos levará à compreensão das complexas mediações pelas quais se dá sua inserção contraditória na sociedade capitalista” (Escola e Democracia, São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1987, p. 36).

Saviani nos indica a necessidade de cuidar daquilo que é específico da escola, para que esta venha a cumprir um papel de mediação num projeto democratizador. Diz ele:

“Do ponto de vista prático trata-se de retomar vigorosamente a luta contra a seletividade, a discriminação e o rebaixamento do ensino das camadas populares. Lutar contra a marginalidade, através da escola, significa engajar-se no esforço para garantir aos trabalhadores um ensino da melhor qualidade possível nas condições históricas atuais. O papel de uma teoria crítica da educação é dar substância concreta a essa bandeira de luta, de modo a evitar que ela seja apropriada e articulada com os interesses dominantes” (p.36).

Esta tendência, transformadora, que é crítica, recusa-se tanto ao otimismo ilusório, quanto ao pessimismo imobilizador. Por isso, propõe-se compreender a educação dentro de seus condicionantes e agir estrategicamente para a sua transformação. Propõe-se desvendar e utilizar-se das próprias contradições da sociedade, para trabalhar realisticamente (criticamente) pela sua transformação.

A nós, tendo compreendido essas tendências, cabe, filosoficamente (criticamente), descobrir qual a tendência que orientará o nosso trabalho. O que não podemos é ficar sem nenhuma delas, pois quando não pensamos, somos pensados e dirigidos por outros.

* Texto baseado no livro Filosofia da Educação, Coleção Magistério 2º Grau, Série Formação do Professor. Autor: Cipriano Carlos Luckesi. Cortez Editora, 1990. Elaborado pela Profa. Dra. Liriam Luri Y. Yanaze.

Disciplina – Sociologia Geral

Docente: Profª Dra. Chie Hirose (hirosec@hotmail.com)

1º Semestre 2012 Período: Matutino

DIA/MÊS

CONTEÚDO PROGRAMADO – MATUTINO*(possível de mudanças)

01/02

Recepção dos Calouros: Quais os desafios da educação no mundo contemporâneo? Palestra de Viviane Mosé no programa Café Filosófico. (ver Youtube).

08/02

Apresentação da professora, dos alunos e da disciplina.

PARA TODOS OS ALUNOS: Enviar um e-mail contendo o nome completo, e-mail de contato, telefone e uma foto digital para a profª Chie.

15/02

Texto: JÚNIOR, Yago Euzébio Bueno de Paiva. “Viver e pensar o Cotidiano” in Sociologia (revista), Ed. Escala, ano III, 32ªed., Dez. 2010, pp14-17.

Como fazer um resumo de cada parágrafo. (ver xerox texto e folha de resumo)

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: FORACCHI, M.M. e Martins, J.S. (Orgs.) Sociologia e Sociedade (Leituras de introdução à Sociologia). São Paulo, Livros Técnicos e Científicos, 1977.

22/02

Não há aula: Carnaval

29/02

Filme: Introdução a Sociologia (Telecurso) e Diálogo com sociólogo Zygmunt Bauman.

(Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=1miAVUQhdwM ) (ver folha de perguntas)

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: http://www.espacoacademico.com.br/095/95camini.htm

07/03

Apresentação dos livros complementares: formas de aprofundar nos textos sociológicos.

Os estudos etnográficos e as literaturas de ficção ajudando-nos a compreender a sociedade.

(ver lista de livros recomendados pela disciplina: Sociologia Geral)

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: CARVALHO, Alonso Bezerra de. SILVA, Wilton Carlos Lima da. (org.) Sociologia e educação: leituras e interpretações. São Paulo: AVERCAMP, 2006.

14/03

Redação e Questionário sobre si mesmo. (na sala de aula)

Discussão sobre pensamento científico; mitos; crenças; pensamento do educador.

Texto: “A Filosofia da Educação do Professor” in LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da Educação, Coleção Magistério 2ºGrau, Série Formação do Professor. Cortez Ed, 1990. (hoje, 2005, 21ª reimpressão) (xerox)

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: http://pt.scribd.com/SofiaPaiva/d/43860156-CIPRIANO-CARLOS-LUCKESI-FILOSOFIA-DA-EDUCACAO-Cap-3

21/03

A Educação como ciência e como senso comum. O Surgimento da Sociologia como Ciência.

Questionário sobre a metodologia da aula. Reflexões sobre como aprendemos.

Texto: “Relação Educação e Sociedade” in LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da Educação, Col. Magistério 2º Grau, Série Formação do Professor. Cortez Ed., 1990. (xerox)

P QUEM QUER APROFUNDAR: http://www.anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE20/RBDE20_06_MARIA_DA_

GRACA_JACINTHO_SETTON.pdf

28/03

Texto: “O que é sociologia?” in GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed Ed. S.A., 2005. (http://ideiasconcretas.files.wordpress.com/2011/03/o-que-c3a9-sociologia-giddens.pdf )

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: GIDDENS, Anthony. Entrevista a Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 10(1): 121-128, maio de 1998. (google)

04/04

Texto: “Da natureza da cultura ou da natureza à cultura” in LARAIA, Roque de Barros. CULTURA - Um Conceito Antropológico, Rio de Janeiro: JORGE ZAHAR, 17ª ed., 2005. p 7-16. (xerox)

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: “As origens do antropos” in GUERRIERO, Silas (Org.). Antropos e Psique. O outro e sua subjetividade. São Paulo: Ed.Olho D’água, 2000.pp.7-27.

11/04

Revisão geral para a prova.

18/04

AVALIAÇÃO 1

25/04

Análise e discussão sobre a avaliação; devolutiva das provas.

02/05

“Por que sou quem eu sou?” : “Determinismo Geográfico”, “Determinismo Biológico”,

Texto: “O determinismo biológico”; “O determinismo geográfico, in LARAIA, Roque de Barros. CULTURA - Um Conceito Antropológico, Rio de Janeiro: JORGE ZAHAR, 17ª ed., 2005. p 17-29. (xerox)

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: “Pode a geografia determinar o desenvolvimento?” de André Gardini http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=26&id=301

09/05

A Sociologia como ciência: ““Positivismo: uma primeira forma de pensamento social”.

Texto: “Sociologia Clássica” in COSTA, C. Sociologia. S. Paulo: Moderna, 1997.p.46-104.

16/05

A Sociologia como ciência: “Émile Durkheim”, ”Karl Marx”, ”Max Weber”.

Texto: “Sociologia Clássica” in COSTA, C. Sociologia. S. Paulo: Moderna, 1997.p.46-104. (livro/xerox)

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: http://revistaescola.abril.com.br/pensadores/

23/05

A Sociologia como ciência: “Émile Durkheim”, ”Karl Marx”, ”Max Weber”.

Texto: “Sociologia Clássica” in COSTA, C. Sociologia. S. Paulo: Moderna, 1997.p.46-104. (livro/xerox)

PARA QUEM QUER APROFUNDAR: FORACCHI, M.M. e Martins, J.S. (Orgs.) Sociologia e Sociedade (Leituras de introdução à Sociologia). São Paulo, Livros Técnicos e Científicos, 1977.

30/05

Análise e discussão sobre a avaliação multidisciplinar.

06/06

Aprofundamento do tema pela professora: Os conceitos de cultura

13/06

Revisão dos conteúdos e discussão sobre a avaliação (previsão)

20/06

Avaliação 2(previsão)

27/06

Análise e discussão sobre a avaliação; devolutiva das provas.

Disciplina – Sociologia Geral

Docente: Profª Dra. Chie Hirose (hirosec@hotmail.com )
1º Semestre 2012 Período: Matutino

JUSTIFICATIVA:
O processo educacional é condicionado pelas relações sociais que se estabelecem historicamente em uma dada cultura e sociedade. Conhecer os fundamentos da Sociologia contribui para despertar nos alunos a consciência crítica sobre o processo educativo que queremos desenvolver em nosso exercício profissional, sensível às estruturas sociais, aos atores e suas interações, à dinâmica das organizações e comprometido com a construção de uma sociedade justa, fraterna e democrática.

OBJETIVOS:
Desenvolver nos discentes um “olhar sociológico”, que possibilite a compreensão da complexidade do contexto social no qual se inserem os indivíduos e as organizações. Apresentar a Sociologia como uma das Ciências Sociais, enfocando o contexto histórico do seu surgimento, seu objeto de estudo e métodos de análise. Fornecer aos futuros educadores um panorama dos clássicos da Sociologia. Discutir os principais conceitos elaborados pela Sociologia, tais como: estrutura e organização social, instituição social, grupos sociais, socialização, estratificação, desigualdade e mobilidade social, cultura das organizações, ideologia, controle social, status, papel e processos sociais. Entender as causas da desigualdade e pobreza; conhecer os processos de urbanização, criminalidade e violência. Debater algumas questões abordadas pela Sociologia Contemporânea. Identificar os limites da educação e os mecanismos reprodutivistas presentes na instituição escolar, assim como as formas de enfrentá-los; compreender as relações entre as políticas educacionais, emprego e exclusão social.

EMENTA DA DISCIPLINA:
Sociologia geral. Sociologia aplicada à Educação. O Conceito de Cultura, Trabalho e Sociedade. O pensamento social antes da Sociologia. Sociologia Clássica (Positivismo, Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx). Processo de organização do trabalho frente ao modelo econômico. Estudo científico da realidade social. Teoria de análise sociológica em sua dinâmica histórica. Análise de conjuntura. Estratificação e classes sociais. Mudança e mobilidade social. Aspectos da realidade social brasileira. Conceitos de solidariedade, poder, status, classes sociais. Indústria cultural, cultura de massa e educação na modernidade. O poder educativo do pensamento crítico. Contribuições da Sociologia e para os problemas educacionais na atualidade. A sociedade capitalista. O Poder Disciplinar: Michel Foucault. Habitus: Pierre Boudieu. Indivíduo e sociedade: Nobert Elias. A Sociologia no Brasil. Os Movimentos Sociais.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
O Homem: Determinações biológicas versus processo cultural.
O Homem: A condição e os fazeres humanos.
A Sociedade: O conhecimento sociológico e Positivismo.
A Sociedade: Evolucionismo, Funcionalismo, fato social, solidariedade, civilização.
A Sociedade: ação social, instituições sociais, burocracia, dominação, racionalização.
A Sociedade: poder, disciplina, status, classes sociais, mobilidade social.
A Sociedade: dialética, práxis, ideologia, alienação, conflito e interação.
A Sociedade: Desigualdade e pobreza; Estado e educação; controle social.
A Educação: como processo social.
A Família e a escola: agências socializadoras, reprodução social, “habitus”.
O processo socializador na sociedade contemporânea: mídia, cultura da massa, indústria cultural.


MODOS OPERACIONAIS:
Situações de ensino-aprendizagem diversificadas, adequadas à natureza do conteúdo e dos recursos disponíveis. Cabe ao PROFESSOR: Aulas expositivas e dialogadas; coordenar e orientar estudos dirigidos; orientar discussão em pequenos grupos, painel integrado, discussão circular, seminários e debates. Cabe aos ALUNOS: leitura, análise e interpretação de textos; fichamentos, resumos e resenhas; comunicações e produção de textos; participação ativa nas aulas e nos trabalhos de grupo. A presença é essencial para o aprendizado.
AVALIAÇÃO:
Contínua, sistemática e diagnóstica, permitindo ao professor não apenas o foco no aluno, individualmente, mas também no conjunto da classe. Os resultados levarão em conta não só o domínio de conhecimentos, mas também suas habilidades, competências, atitudes e hábitos de trabalho e de convivência em grupo. A síntese dos resultados de aprendizagem será expressa por meio de prova trimestral (prevista no calendário escolar) mista, com questões discursivas e objetivas e trabalhos individuais ou em grupo sobre os conteúdos estudados.

BIBLIOGRAFIA:

Livros básicos:
ARANHA, M.Lucia A. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2005.
COSTA, C. Sociologia. São Paulo: Moderna, 1997.
FORACCHI, M.M. e Martins, J.S. (Orgs.) Sociologia e Sociedade (Leituras de introdução à Sociologia). São Paulo, Livros Técnicos e Científicos, 1977.
TURNER, Jonathan H. Sociologia - Conceitos e Aplicações. São Paulo: Makron Books, 2000.

Livros Complementares:
ADORNO, T.W. e HORLHEIMER, M. Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
ARAÚJO, Patrícia Cristina de Aragão (org.) Aprimorando-se Com Paulo Freire Em Natureza São Paulo: Quefazer Educativo, 2006.
ARENDT, Hannah - Entre o Passado e o Futuro, Ed. Perspectiva, 1972.
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes,1999.
ALTHUSSER, Louis. Aparelhos Ideológicos de Estado. 6ª edição. Rio de Janeiro: Graal, 1992.
BERNSTEIN, Basil. A Estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Petrópolis: Vozes, 1996.
BOUDON, R.; BOURRICAUD, F. Dicionário crítico de Sociologia. São Paulo: Ática,1993.
BOURDIEU, Pierre & PASSERON, Jean Claude. A Reprodução - Elementos para uma teoria do sistema de ensino. 2ª edição. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1982.
BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. Tradução S. Miceli. São Paulo: Perspectiva, 1974.
CARVALHO, Alonso Bezerra de. SILVA, Wilton Carlos Lima da. (org.) Sociologia e educação: leituras e interpretações. São Paulo: AVERCAMP, 2006.
CARVALHO, A. e BRANDÃO, C. Introdução à sociologia da Cultura. Piracicaba: Avercamp, 2005.
DE TOMMASI, L., WARDE, M.J. e HADAD, S. (orgs). O Banco Mundial e as Políticas Educacionais. 2ª edição. São Paulo: Cortez, 1998.
DURKHEIM, Emile. Educação e Sociologia. 11ed. São Paulo: Melhoramentos, MEC, 1978.
ELIAS, N. O processo civilizador: formação do Estado e civilização. Rio de Janeiro:Jorge Zahar Editor,1993.
FOUCAULT, Michel Vigiar e Punir, RJ, Vozes, 1977.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade II: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
FREIRE, Paulo Educação como Prática de Liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra: 1982.
GUERRIERO, Silas (Org.). Antropos e Psique. O outro e sua subjetividade. São Paulo: Ed.Olho D’água, 2000.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26º ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
IANNI O. Karl Marx. 6a edição. São Paulo: Ática, 1988 – coleção grandes cientistas sociais, 10. Sociologia.
MANNHEIM, K. Ideologia e utopia. 2ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores,1972.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é sociologia? 24a edição. São Paulo: Brasiliense, 1989.
MORIN Edgar / BAUDRILLARD, Jean / MAFFESOLI, Michel A Decadência do Futuro e a Construção do Presente. 1993.
PEREIRA, l. e FORACCHI, M.M. (Orgs.) Educação e Sociedade. S. Paulo: Cia. Editora Nacional, 6ªed., 1973.
SILVA, Tomaz Tadeu da (org), Identidade e Diferença – a perspectiva dos estudos culturais, Petrópolis: Vozes. 2000.
SOUZA, João Francisco de Atualidade de Paulo Freire. 2002.
TORRES, Carlos Alberto Educação e Democracia. São Paulo, Cortez, Autores Associados, 2003.
WEBER,M. Ensaio de sociologia e outros escritos.São Paulo: Abril Cultural,1974.(Col.Os pensadores, XXXVII)


LIVROS, FILMES, PALESTRAS E EVENTOS PARA ATIVIDADES COMPLEMENTARES:

SUGESTÕES PARA ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
Livros sugeridos:
BENEDICT, Ruth Benedict O Crisântemo e a Espada: Padrões da Cultura Japonesa, 2009.
BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. Fatos e Mitos. Trad. de Sério Milliet ,7ª ed. Rio de janeiro Ed. Nova Fronteira, 1980. 309 p. Volume 1.
CANETTI, Elias. A língua absolvida: história de uma juventude. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
ELIAS, Norbert; e SCOTSON, John. L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma comunidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000.
FONSECA, Cláudia. Família, fofoca e honra: etnografia das relações de gênero e violência em grupos populares Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 2000.
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. 30 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.
GURDJIEFF, G.I. Encontros Com Homens Notáveis. S. Paulo:Pensamento,2000.
HEYERDAHL, Thor. A Expedição Kon-tiki. R. Janeiro: Ed José Olympio.1999.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26º ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
HUXLEY, Aldous. Admirável mundo novo. São Paulo, ed. Globo,2009.
MEAD, Margareth. Sexo e temperamento em três sociedades primitivas. São Paulo: Perspectiva, 1969.
ORWELL, George, A Revolução dos Bichos, São Paulo, ed. Globo, 2000.
ORWELL, George. 1984. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1998.
RUESCH, Hans. No País das Sombras Longas Rio de Janeiro: Record,2005.
SASSON, Jean P. Princesa - a história real da vida das mulheres árabes. Ed. Best Seller,1992.

Orientações sobre estas leituras complementares, na disciplina Sociologia Geral (Matutino) 2012.
Quem for escolher o livro como atividade complementar, por favor, avise a professora antes para que ela possa preparar um questionário sobre a obra. Neste caso não será uma resenha, mas um trabalho orientado pela profª. Chie que será entregue no final pelo aluno.
Estas leituras complementares não são obrigatórias na disciplina.

Eventos:
XIII Seminário Internacional: Filosofia e Educação - Fundamentos e Políticas
Dia 19 de maio (e ss.), no Auditório Augusto Guzzo das Faculdades Integradas "Campos Salles" Endereço do site do Seminário: http://www2.fe.usp.br/~cemoroc/page06h.html


TRABALHOS DOMICILIARES:
Os alunos (as) submetidos a trabalhos domiciliares amparados em lei deverão realizar as leituras dos textos da programação REFERENTES AOS DIAS FALTADOS e elaborar sínteses/resumos dos mesmos.